sábado, 29 de outubro de 2011

Trilha sonora do Pan tem Kuduro, Macarena e Shakira


29 de outubro de 2011 17h42 atualizado às 17h43

 

Músicas da colombiana Shakira foram um sinônimo de sucesso durante o Pan. Foto: Reuters

Músicas da colombiana Shakira foram um sinônimo de sucesso durante o Pan
Foto: Reuters

Emily Canto Nunes
Direto de Guadalajara (México)

Durante 17 dias, as 34 sedes esportivas dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara executaram, no mínimo três vezes ao dia, a música tema do evento El Mismo Sol (O Mesmo Sol, em português), do astro mexicano Alejandro Fernández. Essa foi uma das exigências do Comitê Organizador do Pan (Copag).

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No restante do tempo, cada sede teve 3.500 opções de músicas com direitos autorais já negociados para tocar nos locais de competição e animar o público. Além disso, segundo conta Edgar Paredes de La Hoya, coordenador de produção do Ginásio São Rafael, cada sede pôde ter sua próprias músicas desde que pagassem direitos autorais por dia que as utilizava.

Outra possibilidade, bem explorada no ginásio que abrigou as disputas de handebol, eram as vinhetas. Quando algum time pedia tempo, tocava-se um "tic-tac"; quando um jogador fazia um belo gol, ouvia-se o barulho de um carro de Fórmula 1 passando; quando alguém caía de mal jeito na quadra, a sirene de uma ambulância era escutada; e quando algum atleta cobrava o tiro de sete metros - o equivalente ao pênalti do futebol -, tocava-se uma música de tensão, a mesma do filme "Tubarão", de Steven Spielberg; já quando saía um gol, tambores rufavam desde a cabine do DJ da arena. De acordo com Edgar, todos esses "barulhinhos" foram previamente aprovados pelos organizadores do Pan.

Além das opções dadas pelo Copag, cada sede tinha a possibilidade de buscar músicas que fizessem relação com o esporte disputado no local ou com os países participantes do evento. No entanto, conforme explica Edgar, era preciso mesclar músicas regionais do México com sucessos universais - aqueles que tiram o público da cadeira e criam coros.

Shakira, por exemplo, representava uma garantia, segundo Edgar. Rabiosa e Loca também foram algumas das canções mais executadas nos estádios de Guadalajara. Os sucessos de Maná, grupo muito conhecido no México, também eram frequentes, assim como os de Ricky Martin e Nely Furtado. Além disso, havia muito espaço também para Beyoncé, com Run The World (Girls), Lady Gaga com a já clássica Bad Romance, e Hot N' Cold, de Katy Perry. Give Me Everything (Tonight), de Pitbull, foi outra música bastante escutada nas sedes da competição, além de Danza Kuduro, que aos ouvidos brasileiros pode soar nacional, mas que na verdade é cantada em espanhol por Don Omar.

A organização do evento privilegiou ainda artistas representativos de todos os países participantes, buscando vários sambas do Brasil para ecoar quando atletas do País estiveram em ação, por exemplo. Para Edgar, a música em um estádio, em uma competição, vai além da ambientação - simplesmente não existe hoje jogo sem uma trilha sonora, pois é ela que mantém o público envolvido com o espetáculo.

Dos clássicos que também agradaram fez parte Macarena, de Los del Río, remixada de todos os jeitos possíveis desde os anos 90, quando estorou. No Rompa Más, do grupo Caballo Dourado, é outro sucesso que correu o mundo e tem versões em diferentes línguas, como Aserejé, de Las Ketchup, que no Brasil virou moda com o nome de Ragatanga, das Meninas do Rouge. Ainda segundo Edgar, as canções no Pan sempre respeitaram a média de 3.200 decibéis de altura, mas não há dúvidas de que, dependendo do que tocou e da empolgação do público, escutou-se música bem mais alto do que isso em Guadalajara.

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